19 de maio de 2011

Palavras!

Palavras...

Soltas, viajantes, navegantes do meu pensamento desde o momento em que me levanto até ao momento de fechar os olhos para dormir. Enchemos o mundo de palavras, ditas, escutadas, com conteúdo, vazias, com sentido ou sem ele... são engordadas ou emagrecidas ao gosto e prazer de cada um, sempre apenas e só para satisfazer o Ego amorfo escondido dentro de cada um de nós. Dizem não, eu sou verdadeiro quando falo, sincero quando digo as coisas, seremos todos, cada um à sua maneira mais inchada ou não, da forma como olha para o seu umbigo, que cresce ou diminuiu ao sabor dos desejos intrínsecos da sua alma, mesmo que nem se apercebam disso. Mas isso é puro egoísmo! Pois é! E ninguém gosta que nos chamem de egoístas, mas somos apesar de tudo de bom que possamos ter guardado cá no fundo, no mais recôndito canto do obscuro de que somos também compostos. Todos nós nos aproximamos dos outros na busca de alguma coisa, nem que seja a mendigar uma palavra de consolo.

Palavras, portanto, o que servirei de bandeja a quem as quiser engolir, ou não...

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