29 de julho de 2011

O destino escreve certo...

Escreve tão certo, por linhas tão tortas! E o meu tem linhas enviesadas de todas as cores e tamanhos, há para todos os gostos... tantas vezes no papel da vitima, e tantas outras no papel da vilã, ou da heroina. Mas a vida só tem sabor assim mesmo, quando se tomam os venenos de um trago só, para sentir o gosto amargo ou adocicado que fica no fim, preso ao céu da boca. E um dia, bem lá atrás no passado, uma outra alma, a minha num outro tipo de registo chegou no fim do penhasco, à beira do abismo, e tomou a decisão indolente de viver cada dia como se fosse o último, umas vezes fi-lo com lógica, outros sem lógica alguma. Mas em todos os dias apenas um sentimento, jamais o arrependimento, porque esse só existe se não fizermos o que a nossa vontade proclama dentro do peito, e solta aos quatro ventos. Poderia dizer, que o fiz sem medo, mas este também faz parte da vida, em cada passo, em cada nova etapa, em cada novo ciclo. E em cada dezena das minhas quatro que já tenho, houveram marcas profundas que ficam para todo o sempre, a questão aqui passa por olhar para elas e ver se realmente ainda fazem sentido deixa-las sangrar, ou perdoa-las, para não doerem. E estando a fechar mais uma das dezenas, ou no inicio de outra se quisermos, a rabo parece sempre  ruim de esfolar, e o destino mais uma vez não me facilita a vida, mas como me dizia alguém e muito bem, apenas carregamos o que podemos, e eu devo ter as costas bem largas. E no meio disto tudo, sobram sentimentos e lembranças que gostei sempre de preservar no baú divino das minhas memórias, mas ao que parece desta vez o tracejado longitudinal da minha travessia não parece querer deixar-me guardar o que de melhor senti, vivi nestes últimos dez anos. Neste momento, por mais que queira, e porque as coisas ainda são frescas não lhe encontro lógica, mas de certo o patamar onde me encontro deve ter as suas razões para deletar este pedaço. Assim sendo, rendo-me aos pés do destino, de forma submissa, porque não me encontro com forças para lhe resistir nesta luta que a minha intuição antevê como uma premonição colada ao corpo, como se de uma lembrança já se tratasse, ao invés de algo que ainda irei viver. Resta-me admitir, que o meu mais apurado sentido é do pior que possuo e como tal, me atira para uma visão cruelmente real dos factos mesmo quando os pinto de outras cores. E já dizia Marcel Proust "tudo o que foi prazer torna-se um fardo quando não mais o desejamos"

25 de julho de 2011

Trocadilhos mentais!

Há dias complicados, onde a minha desvairada mente circula por caminhos de sentido único, ou até mesmo proibidos, roda, roda e volta sempre a bater no mesmo ponto, a tocar na mesma ferida como uma doença crónica, um karma difícil de ultrapassar, mas o mais esgotante de dias como os de hoje é a minha tentativa redobrada para conseguir a concentração que me é tão fácil obter nos restantes dias. Mente esvoaçante, pássaro livre, que jamais se consegue agarrar, ou prender, que me larga em tracejados imperfeitos, de ruelas e estreitos de sentido único, sem hipótese de retorno. Quanta candura num olá sincero, e num olhar que nos remete a um espaço irreal, que nos tolda os sentidos, arrebata e invade a alma, como um furação de recordações sem nome, de sentimentos adormecidos, ou talvez, apenas silenciados pela ausência dos dias, pela presença longínqua de uma sombra que ainda teima em pairar no coração, o meu, desgovernado, sem direcção certa. . .  dias, como o de hoje, em que sensações e sentimentos voltam em catadupa como uma torrente de água, que em cascata cai sobre o meu corpo. Será que o timing perfeito que um dia me fez cruzar um olhar teu já se esvaiu completamente no ar, ou será que ainda restam pedaços mortais espalhados pelo chão por onde caminho ligeira, com medo de levantar fantasmas, e ser surpreendida?!. . .  Dúvidas plantadas, numa mente tortuosa para consigo mesma, arrancando pedaços de pele como se fossem as tuas mãos deslizando por cada poro que me constitui, numa respiração colada na minha, porque tantas vezes foi a mesma. Serpente venenosa que inflama o peito de ar, e me remete para outras eras, num passado morto, pelo silêncio. . .

21 de julho de 2011

Assentou que nem uma luva!

Há dias que terminam de forma excelente, e num dia em que a amizade se comemora, o meu dia não podia ter terminado da melhor forma. E esse restinho de tarde e noite fez-me pensar, repensar, talvez mais, sentir, o verdadeiro valor da amizade, daquela que se proclama aos quatro ventos, e que por lapsos de magia nos atropela em momentos certeiros, e ontem foi um desses dias. Num lanche onde a riqueza de um conhecimento de longa data, com alguém que estimo de outros carnavais, com alguém que posso dizer que me conhece por dentro e por fora, que me consegue ler ao minimo movimento, que me diz na cara o que faço ou não de errado, que mesmo com a consciência de que nem sempre fazemos a coisa certa, às vezes fingimos para nós mesmos que é o mais acertado sem ser, e mesmo assim, e apesar de reconhecer isso mesmo, me diz o que tenho de ouvir sem medos, receios, sem capas, da forma mais frontal que se possa encontrar numa relação de amizade. Alguém que me deixa com um orgulho enorme por dentro por um dia, lá atrás no passado, ter cruzado no meu caminho. Alguém a quem devo parte da resolução de alguns conflitos internos. Alguém que sempre jogou com a maior e mais pura sinceridade que possa ser sentida. Amiga, sabes que podes sempre contar comigo, para qualquer coisa, em qualquer altura, e mesmo sabendo que não vais ler este post, ele não precisa de ser lido por ti para saberes tudo o que está aqui escrito, e acima de tudo o que não está aqui escrito, porque as palavras não chegam para descrever o sentimento que nos une há vinte anos. E a noite teve um outro momento especial com outro alguém que me fará recordar este dia de amizade com mais um valor acrescentado ao sentimento genuino de amizade que se pode sentir entre duas pessoas.

18 de julho de 2011

Metaforicamente falando...

O amor… é frágil como uma pétala de rosa largada no vento, que desliza suavemente pelas paredes internas da alma. Os sentimentos são todos eles frágeis, mas o amor é mais, porque o desejamos acima de qualquer coisa, porque temos sempre medo de o perder quando o encontramos, e tantas vezes ficamos sem saber como lidar com ele. Nasce, por coisa nenhuma, instala-se num canto qualquer nosso escondido, e vai crescendo ao sabor dos dias, do alimento invisível que lhe vamos dando. Muitas vezes cresce torto, e deixamos de lhe dar alimento, e ele morre de inanição, morre sem darmos conta. Mas tantas vezes, o amor existe nas pedras toscas que apanhamos no chão, e nem lhe ligamos, desprezamos, ignoramos, quiçá até maltratamos porque não tem a forma que sempre procuramos, como se apenas fosse amor, aquela perfeição utópica que um dia idealizamos na nossa mente, e que talvez não corresponda a absolutamente nada na vida real. Mas o amor também tem espinhos, como as rosas, belas, perfumadas, perfeitas, com os seus espinhos, finos e aguçados, pontiagudos, que ferem quem tenta tocar-lhe sem cuidado, como o amor. É preciso delicadeza para colher uma flor tão delicada, sem estragar, sem machucar. E às vezes sente-se o perfume, guarda-se a beleza do encantamento da flor, quando nos cruzamos com ela, e apenas e só isso, nos enche a alma de sensações brutalmente inexplicáveis, e ficamos apenas como espectadores sem colher, sem tocar na flor, apenas e só admirando-a…

14 de julho de 2011

A preto e branco!

Quando se acorda demasiado cruel com a vida! Quando o chão que pisamos se torna tão frio quanto o granito que compõe as pedras da calçada! Quando olhamos as mãos, e vemos exactamente apenas e só as nossas mãos, com as marcas do passar dos anos! Quando olhamos para trás e apenas vemos a real crueldade da vida! Quando nos despimos dos sonhos, de todo o charme cor de rosa que nos envolve num turbilhão de ilusões! Quando os ruídos dentro de nós cessam, e tudo fica mais silencioso! Quando caminhamos e deixamos de ter sombra! Quando de olhos fechados os pontos de luz desaparecem, e ficam somente as imagens a preto e branco! Quando a mente nos agrilhoa a visão do mundo! Fica o vazio de uma existência empírica de saberes acumulados que transbordam ao mínimo movimento de um pestanejar. Ficam os restos mortais de uma infância vivida a preto a branco, que se aloja e esconde por detrás dos vultos que me foram compondo a vida ao longo dos tempos. Fica o gosto de cada eu provado num mastigar lento pelo tempo. Fica a azia provocada pelo estocar das portas nas paredes da alma, como ecos num poço sem fundo! Quando olho para mim, no passado mais longínquo vejo-me descalça, envolta em lágrimas, num tempo sem tempo para ser criança! Quando olho para mim, hoje, aqui e agora, a essência está lá, é a mesma, mas o invólucro foi transformado! Depois de todos os obstáculos trilhados, de todas as provas superadas, fica a faltar apenas e só o remate final...

7 de julho de 2011

O peso da idade...

Hoje, ao que parece e ao passar por vários blogues, este tema da idade e da auto-avaliação esteve um pouco nos temas que li hoje por este mundo virtual. E nem sei, mas apetece-me colocar aqui algumas coisas que me passam pela mente. Todos nós nos olhamos, e todos nós achamos que devemos gostar de nós, a isso, chamamos de auto-estima, mas para mim, tem de ser muito mais que isso, não chega olharmos e gostarmos de nós, de nos auto-avaliar (se bem que há quem não o faça) para nos corrigirmos, há que sentir bem lá dentro onde moram os fantasmas agarrados à alma, onde os traumas de tudo porque já passamos pesam, e marcam sulcos profundos, há que sentir que realmente somos tudo isso, e que para além de tudo nos aceitamos, nos perdoamos quando cometemos faltas, porque nem sempre parece fácil, e muitas vezes não o fazemos, passamos por cima, e deixamos que essa pequenina ferida fique ali a remoer, e a criar raizes. Há que sentir bem na pele, o gosto do que realmente somos, e amarmos tudo isso que somos. Somos o bom e o mau, somos o belo e o feio, somos o anjo e o diabo... e daí, em muitos momentos somos tudo isso, mas somos nós, e somos hoje, o que no passado fomos construindo até chegarmos onde estamos hoje. E cada um de nós é de uma riqueza tamanha, única, incomparável, e se quisermos temos tanto para dar e receber. E o peso da idade faz-me mais sábia, mais madura, mais serena, mais leve... e encarar a vida de um prisma diferente. Às vezes parece que vivemos encarcerados dentro de nós mesmos, e não nos permitimos viver em pleno, mas basta tão pouco para fazer a diferença, e sentirmos diferente. E claro que há os que sentem menos profundamente, e aí está o balanço da vida terrena, mas eu não tenho problema algum em ser dos que sentem mais profundamente, em que a vida sempre me atingiu a camada inferior e mais vulnerável da pele. Se é para viver, para sentir que seja da forma o mais profunda possível, para ter algum sabor, mesmo que isso implique algumas feridas e cicatrizes. E tenho dito!

5 de julho de 2011

A amizade!


Muito se fala de sentimentos, de amor principalmente, mas hoje falo de amizade, daquela pura e simples que transpira num olhar simples e sincero, sem serem precisas palavras, que se transmite num olá, num bom dia, numa palavra de cumprimento, envolta num sorriso. Já faz algum tempo que circulo por este lados virtuais, e amizade ao vivo, palpável, daquela que temos no nosso dia-a-dia, todos nós temos, uns mais que os outros. Há sempre aqueles amigos que vamos guardando ao longo do tempo, que partilharam connosco alegrias e lágrimas, estando sempre lá para o que desse e viesse, e orgulho-me de ter uma mão cheia deles, que guardo como tesouros, que sei que me atendem a qualquer hora, sem me censurar, sem me condenar pelos meus actos, às vezes não tão puros quanto parecem. Mas tenho de dar a mão há palmatória, porque mesmo à distância, e até com algum receio no inicio, fui conhecendo pessoalmente alguns desses amigos virtuais, que hoje são amigos de verdade, pela sinceridade e cumplicidade que se estabeleceu entre nós. Espero continuar a merecer o respeito e a amizade deles, da mesma forma que merecem a minha mais profunda consideração, pelas pessoas que cada um deles é para comigo. Afinal, como costumo dizer, o ser humano não é uma ilha isolada, não é suposto viver em isolamento, sem o calor humano dos que tanto estima e ama. E embora não sejam nomeados aqui os que conheço deste mundo, eles sabem quem são, que afinal, de virtual só tem mesmo a tecnologia, porque por detrás das palavras que cada um escreve à sua maneira, existem seres humanos cheios de mais ou menos valor, com mais ou menos defeitos, tal como eu... ninguém é perfeito, e quem assim se achar que atire a primeira pedra. Mas para esses, especialmente porque já me olharam nos olhos, aqui fica o meu apreço muito especial, acompanhado de um sorriso (caracteristica minha, ou não seria eu) do tamanho do mundo. E deixo também um para os que mesmo apenas falando comigo vitualmente, porque ainda não me conhecem ao vivo, mas por quem já nutro um sentimento de amizade muito forte pela companhia que muitas vezes me fazem, pelos sorrisos que tantas vezes me arrancam dos lábios. E termino com um poema meu, repetido, do tempo do meu primeiro blog, que dedico a todos.

O outro lado do AMOR!

Não tem cor,
Mas é multicolor!
Não tem cheiro,
Mas tem um perfume
Que envolve!
Não tem preço,
Mas é o tesouro mais valioso!

Olhamos nos olhos,
Sem arder de paixão!
Abraçamo-nos,
Sem corar de emoção!
Aparamos lágrimas,
Sem secar as nossas!
Damos as mãos,
Sem querer tomar o outro!
Compartilhamos,
Sem medo, nem segredos!

Somos imperfeitos,
mas a amizade é cega!
Somos tristeza,
Mas a amizade alegra-nos!
Somos cheios de defeitos,
Mas amizade perdoa!
Somos feios,
Mas a amizade é só alma!

É dar,
Sem esperar receber em troca!
É receber,
Sem estar a contar com nada!
É amar,
Sem condição!

4 de julho de 2011

Quando dói a alma...


Há dias que parecem uma eternidade, em que se tenta pensar em tudo menos em nós, para não nos sentirmos, para esquecermos que a solidão existe, que a alma também dói... há dias que se misturam palavras, virgulas, parágrafos, com ou sem metáforas na tentativa de camuflar uma dor que se aninha bem no meio do peito de tão pesada que se torna. Foge-se dela, inventam-se realidades, criam-se ilusões, fecha-se os olhos e embrenha-se o espírito em sonhos irreais, quase palpáveis, à custa da secura da boca que se cala para não dizer o que a atormenta. Há dias que se acorda com este gosto amargo na boca, de sabor a fel. Como se de um momento para outro o fígado tivesse vomitado involuntariamente os detritos directamente na alma, asfixiando de tal forma a razão que esta deixa de ter oxigénio para raciocinar, ficando apenas o espírito à deriva e desgovernado, pairando como um fantasma do outro século, sem casa para assombrar. Há dias mais frios que o inverno, cheios de carências, de saudades, de ausências, de falta de sentimentos... Há dias que nascem parvos e terminam assim...

2 de julho de 2011

Amar depois de amar-te...


Poderia camuflar as palavras de várias tonalidades, mas o cinza é suficiente. Porque quando se ama até à exaustão, até ao limite de se desejar apenas e só aquele corpo, num avassalador contorcer da alma, que se encarcera em si mesma, transformando-se em prisioneira das paredes de um amor que julga ser até que a morte nos separa, que pensa que pode viver apenas daquele sentimento que tudo circunda e circunscreve. Um belo dia tropeça-se num pedregulho colocado à nossa frente, e quando nos levantamos jamais somos o que um dia fomos, para nós, e principalmente o que fomos em relação ao outro. E nos contrastes do que se lê, em que o normal é ler, e ouvir lamentos femininos de que já não são amadas, eu sou um contra-senso, sou eu que já não amo, sou eu que fiquei desprovida desse sentimento que um dia me revirou o mundo do avesso, que um dia me fazia cometer as maiores loucuras, as maiores omissões para estar com aquela pessoa, que julgava eu seria para toda uma vida, mas assim, não é. E neste caso, ao espanto de todos, é ele que se vê no definhar dos dias, consumido numa dor à qual eu sou alheia, e quase insensível. Haverá explicação para se sentir amor por alguém? De certo, tantos já teorizaram, mas ninguém explica como acontece. E o contrário, deixar de sentir, haverá explicação? O que acontece com os sentimentos que morrem, aqueles que um dia se olha para dentro e já não estão lá, aqueles que um dia faziam da vida uma razão de ser, e afinal, o vazio alcança muito mais do que pensávamos, e nos torna salas amplas de um nada que não se deseja sentir, onde até as lágrimas já não fazem sentido. E na mente rolam pensamentos de que mais de que sentir não se deseja provocar dor em mais ninguém. E quando se olha e apenas existimos nós, solitários numa caminhada atroz da sobrevivência, como se não pertencemos à vida, ao mundo… E será que resta mais alguma coisa cá dentro que volte a renascer para dar um sentido maior a uma alma faminta por sentir? Dizem-me o tempo cura tudo, esperando sempre que sim, caminha-se em direcção ao fim, ao pó do qual nascemos, e que um dia retornaremos...

1 de julho de 2011

Temos pena!


Há conversas que me deixam os nervos em frangalhos... posso viver uma milhão de anos mas não consigo entender como faço isto de "escandalizar" o mundo, serei assim tão extra-terrestre, só pode mesmo ser. O mundo simplesmente não suporta a verdade das coisas. Quem disse que os sentimentos permanecem iguais para sempre? Quem disse que também não podem morrer? Mas morrem, sim. Por falta de nutrição, por falta de aconchego e colo. E é assim tão dificil aceitar que as coisas mudam, e mudam para sempre. Jamais um pensamento solto no ar volta a ser o mesmo que cabia no compartimento onde ele cabia antes de ser solto, jamais volta a nós a alma que um dia resolve libertar-se nas asas do sonho, jamais seremos o que um dia sonhamos se ficarmos estáticos no mesmo lugar. Portanto, hoje e sempre consigo deixar sempre alguém de boca aberta, já me acostumei, tenho pena se sou diferente e recuso aceitar as coisas por comodismos parvos, por razões éticas ou morais. Afinal, onde fica a liberdade, quando os outros se acham no direito de nos criticar, sem ao menos saberem realmente das coisas, ou sabendo apenas as meias verdades. Não sei ser de outra forma, o que me vai cá dentro, sai-me pelos poros do corpo sem controle, e quanto ao resto do mundo, paciência, a mentalidade ainda não está elástica o suficiente, pois que torne elástica, eu não posso fazer nada quanto a isso, nem pretendo dar lições a ninguém, mas também não adito que tenham a leve ousadia de me as dar. Aceito sugestões, o meu espírito está totalmente aberto a tudo, mas não permito que se achem no direito de tentarem dar palpites na forma como conduzo a minha vida.

E pronto agora que já soltei o pensamento que estava atravessado na garganta, sinto-me mais leve!