“O amor é uma força, uma energia, que se manifesta na alma como um sentimento de lembrança de algo que a alma já teve, mas perdeu.” Platão
24 de novembro de 2012
Permite...
Permite-me que te toque, permite que me dispa de medos, de cortesias, de preconceitos, de pudores... permite que me revele a ti, permite que percorra cada curva invertida de mim em ti, permite que me deixe voltar a vestir de sentimentos nossos, permite que me cale aos teus suspiros, permite que solte sons articulados em movimentos cegos de prazer, permite-me que abrace o desejo na vontade de querer mais, de procurar-te em todos os recantos do meu corpo, permite que os meus olhos se iluminem de encanto... permite que a minha língua percorra a tua alma num desejo infinito, permite que os meus dedos desenhem arcos de felicidade sonhada, permite que os beijos calados em nossas bocas sejam eternos enlaces de ternura, volúpia e um lânguido esperar por mais... permite que a minha boca devore os teus pensamentos, e te deixe sem fôlego e controle de ti mesmo, permite que te vende a alma, e que proves o sabor do suor a escorrer pelos dedos, o corpo colado no mel tecido nas entranhas de nós... permite que a força interna nos controle os toques perfeitos e ritmados sem errar, permite-te que me derreta num simples sorriso ao teu respirar ofegante, permite que me funda no suor que emana da alma suspirante de ti em mim... permite que sacie a fome da alma, revestida no cheiro do teu corpo, permite que as chamas incendeiem a cama da paixão, permite que o rubor suba às faces e tome conta do nós, que o singular deixou de existir, permitindo que a luxúria governe... permite que a tentação de voltar a ser-te seja uma necessidade urgente, permite que te devolva o mimo em redobrados gestos de carinho, e tesão... permite-me submeter aos teus desejos e caprichos, ser-me por inteiro, permite-me ser apenas tua! Permite-me repousar, sabendo que daí a pouco virá mais...
5 de novembro de 2012
Sonho...
Quase, é uma palavra (im)perfeita! Sonho(te) (as)sim...
Quase te toco com a ponta dos dedos!
Quase que te sinto a roçar-me a alma!
Quase... que no meu silêncio ouço as palavras da mente cantarolando ritmos novos. Quase, quase... que o cheiro do orgasmo se rende aos encantos das sílabas do amor prometido nos sonhos. Quase, sim, quase, que as nossas mãos se tocam no encruzilhar das horas tardias olhando uma mesma tela negra... quase que os desejos se (con)fundem em palavras cruzadas, como um retorno de sombras projectadas pela lua. Quase que os corpos rebolam na areia dourada, entre as sílabas desenhadas na pontas dos dedos... quase... quase que embalo ao sabor do teu cheiro largado no ar pelo aroma perfumado das tuas palavras, enfeitadas de sorrisos esquecidos... quase sim, que sinto os gemidos das palavras largadas à solta na escuridão da noite, guiadas pelo desejo... quase, quase... que abro os olhos e te vejo sorrindo-me, tocando-me com a ternura com que teces fios de palavras rendilhados em cenários imaginados, ansiados... quase que a boca sente o gosto do beijo do qual tem saudade... quase que ouço a alma sussurrando um pedido insano, ávido de luxúria, de engolir as palavras para saciar a fome de tocar, de voltar a sentir-se completa... quase que sinto as sensações que um dia serão tuas, minhas, nossas...
Quase te toco com a ponta dos dedos!
Quase que te sinto a roçar-me a alma!
Quase... que no meu silêncio ouço as palavras da mente cantarolando ritmos novos. Quase, quase... que o cheiro do orgasmo se rende aos encantos das sílabas do amor prometido nos sonhos. Quase, sim, quase, que as nossas mãos se tocam no encruzilhar das horas tardias olhando uma mesma tela negra... quase que os desejos se (con)fundem em palavras cruzadas, como um retorno de sombras projectadas pela lua. Quase que os corpos rebolam na areia dourada, entre as sílabas desenhadas na pontas dos dedos... quase... quase que embalo ao sabor do teu cheiro largado no ar pelo aroma perfumado das tuas palavras, enfeitadas de sorrisos esquecidos... quase sim, que sinto os gemidos das palavras largadas à solta na escuridão da noite, guiadas pelo desejo... quase, quase... que abro os olhos e te vejo sorrindo-me, tocando-me com a ternura com que teces fios de palavras rendilhados em cenários imaginados, ansiados... quase que a boca sente o gosto do beijo do qual tem saudade... quase que ouço a alma sussurrando um pedido insano, ávido de luxúria, de engolir as palavras para saciar a fome de tocar, de voltar a sentir-se completa... quase que sinto as sensações que um dia serão tuas, minhas, nossas...
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